A reforma
O senado trabalha desde o dia 22.02 em um projeto de reforma política. O assunto é importante para passar despercebido. Trata-se de uma mudança profunda em nosso sistema eleitoral. E por isso mesmo, é provável que não saia do papel.
Ao todo serão onze os temas discutidos. Mas os que geram maior polêmica e para alguns desconforto são: O fim do coeficiente eleitoral, e mudanças propostas sobre o modelo de financiamento das campanhas.
O primeiro ponto afeta diretamente os grandes partidos. Uma vez que esse sistema os fortalece.O que ocorre é que o voto pertence ao partido e não ao candidato, portanto votamos em um e estamos ajudando a eleger outros. Nesse modelo ter mais votos não significa necessariamente ser eleito, e candidatos com um numero baixo de votos se elegem graças o força dos partidos.
Com o fim do sistema proporcional e adoção do majoritário as tão faladas e nem sempre bem explicadas coligações perderiam o sentido. E os pequenos paridos teriam mais espaço, e enfrentariam uma luta menos injusta nas urnas.
Quanto ao financiamento de campanhas, que hoje ocorre no sistema misto, com recursos públicos e privados, a idéia é torná-lo exclusivamente público para as eleições executivas, e manter o atual modelo nas legislativas.
Os temas são de grande relevância, pois o que esta em jogo é a própria importância dos partidos e a influencia que tanto eles quanto seus financiadores privados tem na política nacional.
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